No ano de 1967 o Plano de Assistência a
pré-escola e foi implantado tendo como base o sistema escolar educativo
sistematizado. Como podemos ver na nova legislação, já em 1971:
“Os sistemas velarão para que as crianças de
idade inferior a 7 anos recebam educação
em escolas maternais, jardins – de – infância ou instituições equivalentes”
A
partir disto a educação passou a ter um foco compensatório para a população de
baixa renda, como os filhos de empregadas, por exemplo, com caráter
assistencialista onde acabava por possibilitar uma condição social temporária,
pois não alterava as estruturas sociais.
Já
na classe media onde a realidade familiar era diferente, podemos perceber que a
educação era voltada para aspecto cognitivo, emocional, já que as mães
trabalhavam na maior parte do dia e as crianças eram “obrigadas” ficarem em
escolinhas infantis, ou comunitárias, como era comum na época.
Com
a municipalização da educação pré-escolar publica na década de 70, alguns fatores
sociais e pesquisas acabaram mostrando a importância dos primeiros anos de desenvolvimento da
criança, por esta razão foram feitas algumas mudanças nos “parques infantis”,
tendo então atividades pedagógicas incluídas em suas praticas.Por esta e também
por outras evoluções na educação que no ano de 1974 o Ministério da Educação e
Cultura criou o Serviço de Educação Pré-Escolar, e no ano seguinte a
Coordenadoria do Ensino Pré-Escolar.
Com
o aumento das mães no mercado de trabalho visando o aumento da renda familiar
foi criado o Projeto Casulo que “trabalhava” com 600 mil crianças no ano de
1963, atendendo estas no período de 4
a 8 horas.
Com
o Mobral muito trabalho lúdico e pedagógico se perdeu, pois este coordenou programas de atividades para formação de
hábitos, habilidades e atitudes supervisionados por monitores com pouca
escolaridade visando assim somente amenizar desigualdades e não para promover
aprendizagens. Mas 1985 com o termino do período militar retomou-se a discussão
da função das creches e pré-escolas e a elaboração de novas programações
pedagógicas visando romper com a concepção assistencialista e compensatória da
educação. Em 1988 foi reconhecida a educação em creches e pré-escolas como um
direito da criança e dever do Estado.
Como
a mídia sempre teve um papel de extrema importância na evolução do pais, na
educação não poderia ser diferente, podemos ver isto em programas de televisão
nas décadas de 80 e 90, por exemplo o Projeto Curumin e o programa Ra-Tim-Bum.
Também na década de noventa foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente,
tendo como base a LDB9394/96 que estabelece a educação infantil como uma etapa
inicial da educação básica. A partir disto foram criados fóruns estaduais e
regionais de educação infantil como espaços de reivindicações por mais verbas
para programas de formação profissional para professores.